terça-feira, 22 de maio de 2012

A última viagem que fiz: Uma lágrima de mulher




Já faz um tempo que li esse livro, é pequeno e  fininho, em torno de 150 páginas. É o primeiro romance de Aluísio Azevedo, lançado no ano de 1880, que influenciado por ninguém menos que o português Eça de Queirós (autor de A correpondência de Fradique Mendes, um dos livros indicados para o vestibular UFBA 2013 e O crime do Padre Amaro, livro que deu origem ao filme de mesmo nome e também presenta na lista de indicados do vestibular da UFBA), foi criador do naturalismo no Brasil.

Uma lágrima de mulher é um livro em estilo romântico que li em poucos dias e gostei muito. O livro fala sobre uma paixão que foi proibida entre dois jovens: a doce Rosalina e Miguel, um lazzarone. Porém o que ele aborda é mais complexo do que isso, é uma história sobre povo humilde, vícios e ganância. Maffei, o pai de Rosalina não queria ver a filha casada com um maltrapilho, um miserável, mendigo, como ele mesmo descrevia Miguel.  Mas enxergava na beleza dela uma oportunidade de ascender socialmente quando saíssem , já rico, de uma da ilhas que moravam em Lipari e viajassem para Nápoles, a capital, cheia  de opulência e riquezas, casando-a bem e construindo assim a felicidade que desejava. Porém, Maffei era um homem muito rude e ganancioso, que deixou os vícios corromperem a sua família, trazendo assim a riqueza, suas consequências e muitos prejuízos.


Alguns trechos:

"Para ele, nunca as coisas estavam bem no pé em que se achavam. Era sempre preciso melhorar. Tinha a impaciência do mar e a firmeza do ferro; qualquer ideia se apoderava dele, era como a  ferrugem que avulta, domina,até corromper de todo." 
"O amor tem o seu perfume especial que se aspira pelo coração; esse perfume, á semelhança dos do Oriente, quando não mata, embriaga, mas sempre encanta."
"O canto saía espontâneo das gargantas e os sorrisos dos lábios, e de tal sorte que se casavam no ar,que o canto parecia riso e o riso parecia canto! A luz enorme do sol caía filtrada dentro do coração, para aí abrir um aurora de mocidade e saúde; a bondade vinha á superfície dos olhos como a água vem á superfície da terra; propagava-se como um som a alegria, e a gargalhada detonava como o eco desse com." 




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