segunda-feira, 30 de junho de 2014

Novo blog: O Faíscas Voam agora é Psyme!


Sumiço quase secular esse meu, eu sei.
Fiquei devendo um post sobre as tentativas de acesso ao blog terem fracassado no último mês, além de uma justificativa para a última postagem ter sido há 8 meses atrás. É, meninas, muita coisa mudou. Espero que alguma leitora ainda acesse o Faíscas Voam em busca de algum sinal de vida dessa blogueira cheia de tarefas universitárias (yo) e agora possa conhecer meu novo espaço na internet.

Eu precisei voltar, o universo blogueiro é um pedacinho de mim.

Agora vocês podem me acompanhar na minha nova fase lá no Psyme. Vou adorar saber que ainda existe alguma leitora do FV para acompanhar o Psyme - até importar os as postagens do FV!

Em breve essa página aqui será só de redirecionamento.
Olha o link do Psyme logo abaixo!

Psyme: pedacinho de mim


 Até outro clique!

domingo, 20 de outubro de 2013

A essência de ser calour@




Passar no vestibular é um momento único. Experimentar o êxtase de encontrar o seu nome na lista de aprovados após anos de preparo é como alcançar o topo do Monte Everest - a vista do alto é linda, mas nada se compara com a escalada. Overdose de felicidade, um turbilhão de sensações ocupam o seu corpo ao mesmo tempo. Pulos, gritos, abraços, muitos abraços, beijos, palavras carinhosas, discursos entusiasmados e cheios de orgulho. Depois desse momento especial, o dia tão esperado da matrícula chega e é hora de oficialmente pertencer a comunidade universitária. É a sua vez de ser calouro.

É altamente prazerosa a sensação de se estar fazendo ou experimentando algo pela primeira vez. Melhor ainda quando se trata de um sonho se tornando realidade. Claro, isso tudo quando se está no lugar desejado e com pessoas legais. Com gente que sabe respeitar você e os seus limites. Ser calouro pode significar estar na base da pirâmide do poder para alguns, mas quando o semestre passa a gente percebe que se trata muito mais do que uma posição. A calourice é um estado de espírito e feliz o veterano que ainda o preserva.

Ser calouro é ter a calourice estampada na cara. Isso mesmo, feito um cartaz de boas-vindas em uma festa onde todo mundo conhece todo mundo, menos você. É percorrer o campus todo no primeiro dia de aula perguntando a cada pessoa que encontra por metro quadrado onde fica a sua sala e por mais precisas orientações que te deem, ainda assim conseguir se perder. É não achar exagero se tivessem te entregado um mapa e um Guia de Calouro no dia da matrícula - mas olhe, quando se tem veteranos amigos coisa parecida costuma acontecer. É ter vontade de sorrir para toda pessoa que encontra enquanto anda sozinho pelo corredor sem fazer a mínima ideia de quem seja. Mas é também ficar inseguro e nem sempre se sentir à vontade ou livre o bastante para ser você mesmo.

Ser calouro é estar ansioso para conhecer cada colega, cada professor, cada disciplina, cada sala, cada cantinho do campus e cada nova informação a ser dada no curso. É desejar estar junto com a galera da turma e acordar animado por ser segunda-feira. É, mais uma vez, se preocupar se vão gostar de você e mesmo batendo a saudade do colégio, não sentir a mínima vontade de abrir mão dessa nova e desafiante fase em prol da antiga. Ser calouro é passar por uns perrengues, aguentar a fila quilométrica do restaurante universitário para comer por dois reais e cinquenta e esperar pacientemente os colegas xerocarem mil páginas enquanto tudo o que você quer é uma cópia da apostila para a próxima semana - semana. É estudar cantarolando porque é bom demais aprender sobre o que você gosta e se identifica. É ser zoado pelos veteranos, bombardeá-los de perguntas e vê-los como padrinhos mágicos. Ser calouro é estar disposto a participar de todos os eventos que te convidam e ser convidado para todos os eventos porque calouro é público certo. É querer aprender mais e mais e se engajar nas lutas e discussões. É ser abordada pelos corredores assim, com um "e aí, caloura?" e, ainda que negue, no fundo achar isso tão legal.

Quem viveu seu momento de calourice sabe como é memorável esse primeiro contato com o mundo universitário. Como eu e minha turma ouvimos em nossa primeira semana na faculdade, conselho de veteranos, uma lição deve ser levada até o final do curso: nunca perca a essência de ser caloura. Porque ser calouro é ser incansável, estar animado, disposto, curioso. É saber que, à sua calourice, você é especial.

domingo, 6 de outubro de 2013

Era óbvio que havia




Era óbvio. A canção, tão curta e simples, ditava com voz banhada de melodia um segredo. Enquanto os segundos corriam, desvendei-o. Ainda não sei se era ela quem falava por mim ou era eu quem dava sentido a ela. Com os fones no ouvido, formando a imagem de um rosto adorável, tudo aquilo se fundia. Não é um ou outro, não há dois elementos. Vira uma coisa só, uma relação mútua. Uma conversa entre amigas, a música e eu. A canção falando por mim e aquele sentimento temido que, até então, eu desconhecia e nem desconfiava o significado.

Encontro de olhares castanhos e azuis, vibrando com o reconhecimento. Nem em dez anos eu me esqueceria. Fisionomias um pouco mais maduras, ele mais alto e forte, com o mesmíssimo nariz grande e jeito de andar. Poderia até adivinhar que aquele bom moço continuava tão bom quanto eu me lembrava. O mesmo bobo, com as mesmas piadas e coração de criança. Voz agradável, fazendo graça como sempre. Debaixo daquele céu azul, a metros de distância, quis saber o que se passava em sua mente. Eu não tive tempo para formar um pensamento coerente naquele encontro de segundos, mas meu corpo respondia aos estímulos visuais e imaginários. Lá se vai aquele metro e setenta de coisas boas.

Quis saber por onde você andou e o que fazia. É o clichê de todos os encontros saber o que havia acontecido de bom na vida do outro no intervalo dos esbarrões. Se aquela era a melhor coisa que havia lhe acontecido até o momento. Quis enxergar de perto a tatuagem na sua perna direita e descobrir se havia outra escondida em algum lugar. Quis saber se pra você eu havia mudado. Sabia que sim, mas desejava experimentar o gosto de ouvir por sua própria voz. Em detalhes, enquanto me observa com calma, saboreando cada novo traço do meu rosto. Quis saber se você ainda conseguiria me irritar e em quantos minutos alcançaria esse feito. Em quantos segundos conseguiria me fazer voltar a rir. Esse é o tipo de altos e baixos que eu adoraria experimentar novamente. É uma ideia que aprovo saltitante.

O perdi de vista, entre lojas e espelhos. Guardei-o no pensamento. Eu me distraio tão fácil e no final me perco no labirinto sem desfazer os laços. Penso como todo mundo viaera óbvio que havia, e eu nem sabia nada, eu nem desconfiava, tal qual Marisa Monte em meu fone de ouvido. E assim, entre ventos e alguns tempos a mais, espero outro acaso nem tão acaso assim nessa capital de lugares em comum que frequentamos e olhos que gostam de se reecontrar.



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