Passar no vestibular é
um momento único. Experimentar o êxtase de encontrar o seu nome na
lista de aprovados após anos de preparo é como alcançar o topo do
Monte Everest - a vista do alto é linda, mas nada se compara com a escalada. Overdose de felicidade, um turbilhão de sensações ocupam
o seu corpo ao mesmo tempo. Pulos, gritos, abraços, muitos abraços,
beijos, palavras carinhosas, discursos entusiasmados e cheios de
orgulho. Depois desse momento especial, o dia tão esperado da
matrícula chega e é hora de oficialmente pertencer a comunidade universitária. É a sua vez de ser calouro.
É altamente prazerosa a
sensação de se estar fazendo ou experimentando algo pela primeira
vez. Melhor ainda quando se trata de um sonho se tornando realidade. Claro, isso tudo quando se está no lugar desejado e com pessoas
legais. Com gente que sabe respeitar você e os seus limites. Ser
calouro pode significar estar na base da pirâmide do poder para
alguns, mas quando o semestre passa a gente percebe que se trata
muito mais do que uma posição. A calourice é um estado de espírito
e feliz o veterano que ainda o preserva.
Ser calouro é ter a
calourice estampada na cara. Isso mesmo, feito um cartaz de
boas-vindas em uma festa onde todo mundo conhece todo mundo, menos
você. É percorrer o campus todo no primeiro dia de aula perguntando
a cada pessoa que encontra por metro quadrado onde fica a sua sala e
por mais precisas orientações que te deem, ainda assim conseguir se
perder. É não achar exagero se tivessem te entregado um mapa e um
Guia de Calouro no dia da matrícula - mas olhe, quando se tem
veteranos amigos coisa parecida costuma acontecer. É ter vontade de
sorrir para toda pessoa que encontra enquanto anda sozinho pelo
corredor sem fazer a mínima ideia de quem seja. Mas é também ficar
inseguro e nem sempre se sentir à vontade ou livre o bastante para
ser você mesmo.
Ser calouro é estar
ansioso para conhecer cada colega, cada professor, cada disciplina,
cada sala, cada cantinho do campus e cada nova informação a ser
dada no curso. É desejar estar junto com a galera da turma e acordar
animado por ser segunda-feira. É, mais uma vez, se preocupar se vão
gostar de você e mesmo batendo a saudade do colégio, não sentir a
mínima vontade de abrir mão dessa nova e desafiante fase em prol da antiga. Ser calouro é passar por uns
perrengues, aguentar a fila quilométrica do restaurante
universitário para comer por dois reais e cinquenta e esperar
pacientemente os colegas xerocarem mil páginas enquanto tudo o que
você quer é uma cópia da apostila para a próxima semana - semana.
É estudar cantarolando porque é bom demais aprender sobre o que
você gosta e se identifica. É ser zoado pelos veteranos, bombardeá-los de perguntas e vê-los como padrinhos mágicos. Ser calouro é estar disposto a
participar de todos os eventos que te convidam e ser convidado para
todos os eventos porque calouro é público certo. É querer aprender
mais e mais e se engajar nas lutas e discussões. É ser abordada
pelos corredores assim, com um "e aí, caloura?" e, ainda que negue, no fundo achar isso tão legal.
Quem viveu seu momento
de calourice sabe como é memorável esse primeiro contato com o
mundo universitário. Como eu e minha turma ouvimos em nossa primeira
semana na faculdade, conselho de veteranos, uma lição deve ser
levada até o final do curso: nunca perca a essência de ser
caloura. Porque ser calouro é ser incansável, estar animado, disposto, curioso.
É saber que, à sua calourice, você é especial.
Aii que saudade de quando eu era caloura. Tudo é tão legal nessa época. Conhecemos um monte de gente nova e criamos amizades pra vida toda.
ResponderExcluirEstou no meu sétimo semestre na faculdade, e como o tempo voou! Lembro como se fosse ontem quando fui pegar minha grade horária...
Aproveite bastante esse momento! Beijos
oi tudo bem ? encontrei o seu blog no site depoisdosquinze da bruna, adorei os seus posts e agora estou te seguindo.. me segue tbm ? se quiser de uma passada no meu blog acho q vai gostar (: (bom, eu espero kk) bjoooos
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